Olá, hoje vou contar para vocês sobre a minha segunda participação no BookCrossing Blogueiro incitada pela querida Luma Rosa.
O livro desta vez, teve na realidade uma escolha fácil, preferi me manter ainda em autores gaúchos e escolhi um pocket do escritor David Coimbra, com o título Cris, a fera & outras mulheres de arrepiar, que na realidade como explica o livro traz impresso os contos publicados, em formato de folhetim, nos sites da L&PM Editores e do ClicRBS entre 2006 e 2007.
Contos
Bandeira 2
"A primeira coisa que ela fez, ao se acomodar no carro, foi cruzar as longas pernas e declarar: _Meu nome é Renata.
Não foi uma apresentação. Foi uma afirmação. Uma sentença. Quase um aviso. O nome dela era Renata, o que tinha seu significado."
Horror na cidade grande
"Encostei o carro no meio-fio.
Ela parou de caminhar.
Olhou-me sorrindo.
Veio em minha direção.
E minha vida nunca mais foi a mesma."
Cris, a fera
"O primeiro homem que matei era um canalha. Estava um pouco bêbada, quando o conheci. Tinha dezenove anos, sabia que chamava a atenção pela minha beleza e, acrescento modestamente, pela minha sensualidade."
Tentação
"Meu chefe não parava de olhar para minha mulher."
A ninfeta
"Quando entrou no meu escritório, algo aconteceu no ambiente. Uma eletrecidade diferente no ar, uma alteração de clima. A temperatura aumentou, tive vontade de afrouxar a gravata. Mas me contive. Não ficaria bem."
A devoradora de homens
"Milena sofria de furor uterino. Terrível mal. Muitas mulheres foram atormentadas por esta moléstia de difícil diagnóstico. Afinal, até onde pode ir o apetite carnal? O que é a libido saudável e o que é a loucura do desejo?"
A mulher que trai
"Quando a primeira rolha foi ejetada do primeiro champanhe do réveillon, Dani prometeu: _Este ano, vou trair meu marido."
Bem como puderam observar são contos bem calientes mas que no fim, nada é exatamente aquilo que parece ser realmente.
Mas vamos ao ato de alforriar o livro, como não estou tão saideira quanto em outras ocasiões desta vez decidi contemplar um morador do meu próprio Bairro ou pode ter sido de um "passante" do Bairro... Deixei o livro [com o seu devido e amável bilhetinho explicando que ele não estava esquecido e sim aguardando um bondoso leitor] no balcão de uma fruteira bem movimentada [sendo a única do local] logo ali, entre as ameixas e as uvas [para mim foi um simbolismo da luxúria latente do livro], achei bem sugestivo.
E zaz que desta vez me permiti permanecer no local para averiguar como iria ocorrer o ENCONTRO, e posto que foi exatamente uma mulher a localizá-lo e antes mesmo de abrir o livro perguntou ao atendente se era dele o livro ao que ele respondeu que não, ela folheou o mesmo e leu atentamente o bilhete, olhou para os lados, [fiz-me muito interessada nos melões espanhóis observando atentamente os sulcos simétricos], e zas lá se foi ela com a Cris, a Renata e todas as outras meninas, na sacola, onde inocentemente suas frutas e legumes olhavam espiados aquela linda mulher de roupão junto a eles [capa do livro].
Sei que narrei de forma romantesca, mas foi muito surreal e creio que pelo mote do livro meio que me deixei enlevar pelo clima de mistério e paixão...
Mas fiquei feliz de ter conseguido completar mais uma das minhas missões desse mês...
Até a próxima libertação!
p.s. Se interessar, recordar a participação anterior, clica aqui.
:)