"É muito triste ter vivido inúmeros amores, conquistas, ter cometido erros e acertos, e não poder, no inventário final, contabilizar nada disso. Quando tudo é esquecido, esvaziam-se nossos tantos anos, a longevidade passa a valer um segundo. Espero, um dia, lembrar a beleza da história que construí, incluindo os arrependimentos e dores: recordar-se de trás pra frente impede que fiquemos vagando num presente ilusório, desaparecendo dentro de uma solidão oca. Fiz essa dura reflexão quando Julianne Moore ganhou o Oscar 2015 de melhor atriz pelo filme “Pra sempre Alice”, em que interpretou uma mulher com Alzheimer, e volto a pensar nisso depois da atuação sublime e dilacerante do vencedor do Oscar 2021, Anthony Hopkins, em “Meu Pai”. Prêmio mais que merecido por tocar tão profundamente na fragilidade de todos nós."
Texto original Martha Medeiros, Facebook
MilaResendes
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