No fundo, queremos que eles não cresçam... |
A nossa gatinha Menina chegou até nossa casa no final de maio, resolvemos trazê-la para a loja e ver se ela ficaria conosco... no início foi tudo super bem, ela super carinhosa ficava conosco, mas depois conforme os meses foram passando começou a querer ir para a rua, e ficávamos preocupados com várias questões: doenças, pulgas, passar fome, sede, engravidar, machucar-se, atropelamentos e alguém aprisionar (tipo o que fizemos). Resolvemos coloca-la na coleira com um fio elástico e passamos praticamente dois meses levando ela para um lado, trazendo ela para outro, e a noite ela ficava solta mas presa dentro do pavilhão... Água e comida abundantes, carinho e cuidados... A algumas semanas ela começou a não estar aqui dentro quando chegávamos pela manhã, tentamos de todo jeito tapar todos os possíveis locais de fuga, mas hoje, finalmente, tivemos a calma, a ponderação de admitir que não temos como lutar contra a natureza dela e aceitamos que após ela ter saído para a rua, ela voltasse e não tendo colocado o fio novamente nela, ela voltasse a sair e voltará sabe Deus quando...
Sei que para muitos esse meu desabafo parece exagero, mas realmente mesmo sabendo que gato é assim, para mim foram momentos de angústia por não saber qual atitude tomar, mesmo amando muito ela, ficava pensando que estava indo contra a natureza dela, amarrando-a para permanecer conosco...
Espero que ela volte sempre quando quiser, e que a vida se encarregue de nos mostrar se foi a melhor solução ou não...
Abaixo foi um post que rascunhei quando começamos a prende-la no fio, vejam que eu já estava bem apreensiva do que estaria por vir:
Fiquei me fazendo essa pergunta dias a fio...
Nessas coisas de coração, quem dirá que existe razão.
Fico apreensiva seguindo seus passos controlados pelo fio que ora estica e ora enrola.
Bufa descontente por estar tolhida da liberdade de explorar o terreno vizinho, aos seus olhos tão cheio de aventuras e desventuras; aos meus, tão cheio de parasitas e possibilidade de perda.
Como é difícil contrabalancear o quanto depositamos de amor a algo, de forma que não os "sufoquemos" com a enxurrada de sentimento.
O jeito que encontrei foi esticar o fio até onde considero seguro, intercambiando muito carinho e afeto quando solicitados.
Mas lá no fundo fica sempre essa pergunta martelando...
Essa minha prosa em modo desabafo é quanto a questão de manter a Menina solta e serelepe ou atada no fio e cabisbaixa.
Escolhas que temos de fazer na medida em que somos responsáveis por um ser vivo.
Daí covardemente me lembrei do porquê não tive filhos.
Medo.
...
P.S. Hoje na hora do almoço dei uma chamada nela no pátio do vizinho, e não é que ela veio com a companhia de um namorado? Um gato lindo, todo preto com os olhos verdes. Se voltarem a aparecer, fotografo e mostro pra vocês...
Esperança de que ela volte a querer ficar conosco! |
:]
Um comentário:
Com o meu gato foi o mesmo mas tive que me render às evidências. Vem a casa quando quer, o que cada vez é mais frequente:)
beijos
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