Maria, Maria…
17/09/2008
É difiícl quando tentamos por em palavras emoções que carregamos conosco.
Principalmente quando são emoções que nem ao menos entendemos muito o porquê.
Mas pensei muito antes de editar essas palavras: respeito, gratidão, sabedoria, alegria.
Maria esse é meu nome e também é o nome de uma pessoa muito especial
que partiu desse mundo onde ainda habitamos.
Lembrei-me da música cantada por Milton Nascimento e achei ela de uma simplicidade ímpar
"é preciso ter força, é preciso ter raça é preciso ter gana sempre…"
A Maria que já não a temos aos nossos olhos,
aos nossos ouvidos e aos nossos abraços e beijos era assim,
força, raça e com muita gana de viver.
E nessa procura por viver, ela ensinou-me muito
sobre respeito: nunca me senti discriminada ou rejeitada em minhas escolhas;
gratidão: sinto-me abençoada por ter tido a oportunidade de conviver com ela
pelo tempo que assim nos foi permitido e muito me alegro e agradeço por todas as suas "lições-mudas",
ou seja, aprendi muito somente observando-a;
sabedoria: penso que o maior ensinamento está justamente em ser capaz de ensinar
sem que o outro se sinta aluno, exalar sabedoria por cada ruga
ou franco silêncio com que nos acolhe diante de uma dúvida que temos;
alegria: só posso me sentir muito alegre por não ter nada para remoer quanto a sua partida,
acredito que ela me deu tudo o que queria e eu também ofertei a ela tudo o que de melhor eu poderia lhe dar…
Enfim, pequeninos pedaços de histórias que se cruzam por determinado tempo
e que deixam muitas lembranças, doces lembranças.
"Maria, Maria é um dom…"
Saudades carinhosas compartilho com todos que têm uma lembrança assim para levar consigo.
"Um dia desses, eu separo um tempinho
e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar."
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