Tenho tentado mostrar que o evangelho de Cristo é mais relevante para a desarmonia étnica em termos globais e locais do que possamos imaginar.
A grande questão da raça humana é que estamos distantes de Deus.
Esse é nosso primeiro e maior problema.
O distanciamento uns dos outros é o próximo passo e tem suas raízes no primeiro e maior dos distanciamentos.
Somente o Filho de Deus, Jesus Cristo, por meio de sua morte e ressurreição, pode nos reconciliar com Deus.
E somente quando tivermos nos reconciliado com Deus seremos capazes de buscar uma diversidade e uma harmonia que exaltem a Cristo, que sejam centradas em Deus e orientadas pelo evangelho."
"O fracasso em amarmos uns aos outros tem raízes em nosso pecado contra Deus.
Quando nos reconciliamos com Deus pelo evangelho de Cristo, um poder novo e sobrenatural entra em nossa vida, em nossas igrejas e em nosso mundo.
E o poder de Jesus Cristo que vive em seu povo.
As deficiências do coração humano, que Jesus transforma pelo poder de seu evangelho, são as causas de onde brota a desarmonia racial e étnica — a culpa, a arrogância, a desesperança, o sentimento paralisante de inferioridade, a ganância, o ódio, o medo e a apatia.
Há somente um poder no mundo — o poder do evangelho — capaz de vencer tudo isso e a influência sobrenatural de Satanás, que está constantemente agindo no mundo para elevar tudo isso à proporção de genocídios."
"O evangelho é o poder de Deus para salvar.
Mas esse poder está trabalhando de forma progressiva — e não com uma perfeição instantânea — na vida daqueles que nele creem e, portanto, na igreja e no mundo.
Há resquícios do pecado em todos nós e em todas as nossas instituições humanas.
Essa é a nossa confissão.
Ela nos faz humildes e quebranta nosso coração, mas, por causa de Cristo, ela não nos paralisa na busca da harmonia racial."
"Meu apelo é um só: nunca desista. Mude. Dê um passo para trás. Arrume outra estratégia. Comece de novo. Mas nunca desista.
Langston Hughes, um dos mais notáveis poetas afro-americanos do século XX, expressou da seguinte forma esse clamor para que as pessoas nunca desistam de lutar (neste poema intitulado “Mother to Son” [De mãe para filho]):
"Bem, meu filho, vou lhe dizer uma coisa:
A vida para mim não tem sido uma escadaria de cristal.
Tenho encontrado alguns pregos, Algumas lascas,
Alguns tacos estragados,
Alguns degraus sem carpete —
Desnudos.
Mas o tempo todo
Eu continuo a subir,
E a alcançar o próximo degrau,
A virar a próxima curva,
Às vezes andando no escuro, Quando não há luz.
Por isso, meu menino, não vire as costas.
Nem se sente nos degraus
Por achá-la um tanto mais difícil. Não se deixe abater agora —
Pois eu continuo em frente, meu bem,
Eu continuo a subir,
E a vida para mim não tem sido uma escadaria de cristal."
O que tentei fazer nesta obra foi mostrar que o evangelho de Jesus Cristo — a morte e a ressurreição do Filho de Deus pelos pecadores — é o único poder suficiente para esse empenho e o único poder que no final transformará as linhagens das raças em uma única linhagem da cruz.
É o único poder para trazer à tona uma harmonia que exalta a Cristo, a qual, no final, é a única realmente importante, pois todas as coisas foram feitas por meio dele e para ele (Cl 1.16).
Que à sua graça, ao seu nome e ao seu Pai seja a glória para sempre. Amém."
Esses são trechos extraídos da Conclusão do livro O Racismo de John Piper; por tratar de idéias finais entendi ser importante colocar espaços entre as sentenças, no intuito de chamar à reflexão cada um de nós.
Que possamos analisar a nossa caminhada a partir das idéias defendidas por Piper, mas ampliando até, o leque: questões além de raça e etnia, mas também das dificuldades que cada um de nós enfrenta: casamento, finanças, doença, pornografia, etc.
Que esse período de leitura tenha sido tão gratificante para vocês quanto foi para nós.
MilaResendes
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