quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Amor, sacrifício substitutivo; trecho cap 12, A Cruz do Rei, Timothy Keller

"Deus criou o mundo em um instante, e foi um belo processo. Mas ele o recriou na cruz, e foi um processo horrendo. 
As coisas são dessa forma. 
O amor que realmente transforma e redime sempre é um sacrifício substitutivo."

"Se você ama alguém, naturalmente se preocupa com essa pessoa. Mas sabe de onde vem a preocupação constante? Sua raiz vem da arrogância que assume a seguinte postura: eu sei bem o jeito que minha vida deve ser, e Deus não está entendendo isso direito. 
A verdadeira humildade significa descansar. 
A verdadeira humildade significa rir de si mesmo. 
Significa ter autocrítica. 
A cruz traz esse tipo de humildade para nossa vida."

“Para vocês”, Deus disse, “o caminho para ganhar influência não é assumindo o poder. A influência que se ganha por meio do poder e do controle não transforma de fato a sociedade; não muda os corações. Estou conclamando vocês a adotarem uma abordagem completamente diferente. Sejam amorosos, de forma tão sacrificial, que as pessoas à sua volta, que não creem naquilo em que vocês creem, logo não serão capazes de imaginar o lugar sem a presença de vocês. Elas passarão a confiar em vocês porque verão que não estão interessados apenas em si mesmos, mas nelas também. E quando elas voluntariamente começarem a olhar para vocês, atraídas pelo modo com servem e amam, vocês exercerão verdadeira influência. Será uma influência que outros atribuem a vocês, e não que vocês tenham tomado de outros”. 
Quem é o exemplo máximo dessa forma de conquistar influência? 
O próprio Jesus, é claro. 
Como ele reage a seus inimigos? 
Ele não convocou legiões de anjos para derrotá-los, mas morreu pelos pecados deles; e, enquanto morria, orou por eles. 
Se no centro de sua cosmovisão estiver um homem que morreu por seus inimigos, então, sua maneira de conquistar influência na sociedade será através do serviço, e não de poder e controle."

Trecho do cap 12 do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller.

MilaResendes 

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Ansiamos por Deus; trecho A Cruz do Rei, Timothy Keller

"E dessa nuvem da glória do shekinah shekinah saiu uma voz que dizia: 
“Este é o meu Filho amado; a ele ouvi”

"Eles estavam na presença do próprio Deus. 
Contudo, Pedro, Tiago e João não morreram. 
Como pode ser? 

“De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus.” 

Essa é a maneira de Marcos dizer: 
Moisés se foi, Elias se foi, e Jesus é a ponte que une a distância entre Deus e o ser humano. 
Jesus é capaz de dar à humanidade algo que nem Moisés nem Elias puderam, que ninguém jamais pode dar. 
Por meio de Jesus, podemos cruzar a distância que nos separa da própria essência da realidade, podemos entrar no compasso da dança. 
Jesus é o templo e o tabernáculo que põe fim a todos os templos e tabernáculos, pois ele é o sacrifício que põe fim a todos os sacrifícios, o supremo sacerdote que mostra o caminho a todos os sacerdotes."

"Adorar não é apenas crer. 
Antes de terem subido ao alto do monte, Pedro, Tiago e João já criam em Deus. 
E Pedro já tinha dito: 
“Tu és o Cristo”. 
Mas agora eles sentiam isso. 
Eles foram envoltos pela presença de Deus. 
Eles tinham tido uma prévia daquilo por que C. S. Lewis diz que todos nós ansiamos: 
a própria face e o abraço de Deus."

Trecho do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller. 

MilaResendes

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Ele [Jesus] era um Rei que deveria morrer; Trecho A Cruz do Rei, Timothy Keller

"Jesus diz duas coisas:
Sou um Rei, mas um Rei que irá para a cruz e, se quiserem me seguir, devem ir para a cruz também."

"Quando ouvimos Jesus referir-se a si mesmo como Filho do homem, presumimos que ele está dizendo que é humano — contudo, esse título significa muito mais do que apenas isso. 
Nas profecias de Daniel há uma referência a 
“alguém parecido com filho de homem” (Dn 7.13,14), 
uma figura messiânica divina que vem com os anjos para acertar todas as coisas."

"A primeira coisa importante que Jesus diz é que 
“era necessário que o Filho do homem sofresse”."

"É evidente que existem muitas profecias no Antigo Testamento sobre um misterioso Servo do Senhor que sofre (por exemplo, as profecias de Isaías dos capítulos 43, 44 e 53), mas ninguém, antes de Jesus, havia associado esses textos à esperança do Messias."

Mas quem pode amar dessa forma, sem exigências em troca? 
Jesus. 
Lembre-se da dança da Trindade — o Pai, o Filho e o Espírito têm conhecido e amado uns aos outros perfeitamente, por toda a eternidade. 
Dentro de si mesmo, Deus teve desde sempre todo o amor, toda a realização e toda a felicidade que poderia desejar. 
Ele tem, dentro de si mesmo, todo o amor que falta para a raça humana. 
E a única maneira de conseguirmos mais de amor é de Deus."

"Por que Deus nos criou e depois nos redimiu por alto preço, mesmo não precisando de nós? 
Ele fez tudo isso porque nos ama. 
O amor de Deus é um amor perfeito, um amor radicalmente vulnerável. 
E quando você começa a recebê-lo, a experimentá-lo, descobre que a falsidade e o caráter manipulativo do seu próprio amor começam a se esvaziar. 
Você adquire a paciência e a segurança para se aproximar das pessoas e para começar a dar-lhes um amor mais verdadeiro."

"A cruz revela que os sistemas do mundo são corruptos e servem ao poder e à opressão, e não à justiça e à verdade. 
Ao condenar Jesus, o mundo estava condenando a si mesmo. 
A morte de Jesus demonstra não somente a falência do mundo, mas também o caráter de Deus e seu reino. 
Sua morte não foi um fracasso, uma falha. 
Ao submeter-se à morte como pena, ele rompeu o domínio que ela tinha sobre ele e sobre nós. 
Quando Jesus foi para a cruz e morreu por nossos pecados, ele ganhou através da perda; ele alcançou perdão para nós na cruz ao virar os valores deste mundo de cabeça para baixo. 
Ele não “combateu fogo com fogo”. 
Ele não veio e levantou um exército a fim de derrubar o regime corrupto da época. 
Ele não tomou o poder; ele abriu mão dele — e, contudo, triunfou. 
Na cruz, então, o mau uso e a glorificação do poder que se fazem neste mundo foram expostos por aquilo que são, e derrotados. 
O feitiço dos sistemas deste mundo foi quebrado."

"Jesus disse que era um rei, mas não como qualquer outro rei que pudéssemos ter imaginado. 
Ele era um rei que deveria morrer."

"Jesus está dizendo que, uma vez que ele é um rei que tomou uma cruz, se alguém quiser vir após ele, deverá tomar sua própria sua própria cruz e segui-lo. 
Mas o que significa isso? 
O que significa perder a vida por causa do evangelho, para preservá-la?"

"Para nós, o reino de Deus começa com fraqueza, renúncia, com a atitude de abrir mão dos direitos que temos sobre a nossa própria vida; começa pela admissão de que necessitamos de um Salvador. 
Precisamos de alguém que de fato cumpra todos os requisitos e pague pelo nosso pecado. 
Essa é a nossa fraqueza. 
Jesus começou na fraqueza — em primeiro lugar, tornando-se humano e, em segundo lugar, indo para a cruz. 
Se o queremos em nossa vida, também é na fraqueza que devemos começar. 
É nela que o reino de Deus começa, mas não é nela que ele termina. 
Um dia, quando Jesus voltar e inaugurar uma criação renovada, o amor triunfará totalmente sobre o ódio e a vida sobre a morte."

"C.S. Lewis encerra sua passagem sobre “perder sua vida para encontrá-la” com estas palavras:" 
"Entregue a si mesmo e encontrará seu verdadeiro ser. 
Perca sua vida e a salvará. 
Submeta à morte suas ambições e desejos favoritos, a cada dia, e, por fim, submeta-se à morte de seu próprio corpo. 
Submeta, com cada fibra do seu ser, e encontrará a vida eterna. 
Não retenha nada. 
Nada do que você não tiver entregado será realmente seu. 
Nada em você que não tiver morrido poderá algum dia ser ressuscitado. 
Busque a si mesmo e encontrará mais para frente somente ódio, solidão, desespero, ira, ruína e decadência. 
Mas busque a Cristo e você o encontrará, e com ele, receberá tudo o mais." 

"Percebe que, se de fato há uma dança, então de fato há um rei que nos ama sem precisar. 
E se de fato há uma mancha que não podemos limpar, então terá que haver uma cruz."

Trecho do Cap 8 do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller. 

MilaResendes 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Ele [Jesus] vestiu o nosso pecado; Trecho A Cruz do Rei, Timothy Keller

"Zacarias (cap 3) viu Josué, o sumo sacerdote, diante da presença do Senhor, no lugar santíssimo — mas as vestes de Josué estavam impuras, cobertas de excremento. 
Ele estava inteiramente contaminado. 
Zacarias não podia acreditar no que estava vendo." 

"Ray disse que a pergunta central para a interpretação dessa passagem é: como isso pôde acontecer? 
Os israelitas de modo algum permitiriam que o sumo sacerdote aparecesse desse modo diante de Deus. 
A resposta de Ray foi esta: Deus estava dando a Zacarias uma visão profética para que ele pudesse nos ver da maneira como Deus nos vê. 
A despeito de todos nossos esforços para sermos puros, bons, cheios de moral, purificados, Deus vê nosso coração, e este está repleto de imundícies."

"Zacarias de repente percebeu isso, ou seja, que não importa o que façamos continuamos sendo inadequados para estar na presença do Senhor. 
Mas quando já estava prestes a se desesperar, ele ouviu: 
“Tirai-lhe as vestes impuras. E disse a Josué: Fiz com que a tua maldade seja tirada de ti e te vestirei de vestes festivas. […] Ouve Josué, […] Eu trarei o meu servo, o Renovo. […] e tirarei a maldade desta terra num só dia, diz o SENHOR dos Exércitos” 
(Zc 3.4,8,9)."

"É provável que Zacarias não pudesse acreditar no que ouvira. Deve ter pensado: 
“Espere um minuto. Por séculos, temos feito sacrifícios, obedecido às leis de purificação. E nunca conseguimos nos livrar do pecado!” 
Mas Deus estava dizendo a ele:
“Zacarias, isso é uma profecia. Algum dia os sacrifícios ficarão para trás, as leis da purificação se cumprirão”.

"Como pode ser? 
Ray Dillard terminou seu sermão desta maneira: 
Séculos depois apareceu outro Josué, outro Yeshua. Jesus, Yeshua, Josué — é o mesmo nome em aramaico, grego e hebraico. 
Aparece outro Josué e encenou seu próprio Dia da Expiação. 

"Uma semana antes desse dia, Jesus começou a se preparar. 
E na véspera, ele também não dormiu — mas o que aconteceu a ele foi exatamente o contrário do que aconteceu ao sumo sacerdote Josué, pois, em vez de apoiá-lo, praticamente todo mundo que ele amou o traiu, abandonou ou negou. 
E quando ele se apresentou diante do Pai, em vez de recebê-lo com palavras de encorajamento, o Pai o abandonou. 
Em vez de ser vestido em ricas vestes, arrancaram-lhe a única veste que possuía, açoitaram-no, deixaram-no despido e mataram-no. 
E como nos lembrou Ray, ele também foi banhado, mas pela saliva das pessoas que nele cuspiram."

"Por quê? 
“Daquele que não tinha pecado Deus fez um sacrifício pelo pecado em nosso favor, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus 
(2Co 5.21)”. 

"Deus vestiu Jesus com nosso pecado. 
Ele levou consigo a pena que era nossa, a nossa punição, para que nós, assim como Josué, o sumo sacerdote, possamos ter o que Apocalipse 19.7-8 retrata:
“Alegremo-nos, exultemos e demos glória a ele, porque chegou o momento das bodas do Cordeiro, e sua noiva já se preparou, e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro”

"Puro linho — perfeitamente limpo — sem uma mancha ou defeito sequer. 
Hebreus 13 diz que Jesus foi crucificado fora dos portões da cidade, onde cadáveres eram queimados — uma pilha de lixo, um lugar totalmente imundo — para que nós pudéssemos ser purificados. 
Por meio de Jesus, a um custo infinito para si mesmo, Deus nos vestiu com roupas limpas, de alto preço. 
Elas custaram seu sangue. 
E isso é a única coisa que pode tratar do problema do nosso coração."

"Está vivendo com alguma falha específica do seu passado, algo sobre o qual se sente culpado e pelo qual passa sua vida inteira tentando se desculpar? 
Ou quem sabe você talvez seja mais como Kafka: não é particularmente religioso nem imoral, no entanto, luta contra a sensação de ser alguém sem importância. 
Pode ser que esteja lutando até por meio da religião, da política ou quem sabe da beleza. 
Pode ser que esteja lutando até mesmo por meio de um ministério cristão. 
Envolvido no ativismo de fazer algo de fora para dentro. 
Isso não vai funcionar."

Trecho do cap 7 do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller. 

MilaResendes 

domingo, 27 de agosto de 2023

Dica de Instagram: A Bíblia Comentada Oficial

https://instagram.com/abibliacomentadaoficial




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Ande com quem anda com Deus...

MilaResendes 

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Em todo dia, na companhia de Deus; Feliz Sexta-feira!

"Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras. Porque dos muitos trabalhos vêm os sonhos, e do muito falar, palavras néscias. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertência; por que razão se iraria Deus por causa da tua palavra, a ponto de destruir as obras das tuas mãos?"
Eclesiastes 5:2-6 ARA

Como é bom podermos ter bons conselhos, nunca é tarde pra aprendermos... o inteligente aprende com seu próprio erro; mas o sábio aprende com o erro dos outros.

Meu pratinho maravilhoso: beterraba, couve, arroz, feijão, moranga refogada, escondidinho de batata doce, croquete de carne de porco...

Croquete assado de carne de porco empanado com farinha de amendoim (carne + ovo + aveia) 

Escondidinho assado de batata doce

Recheado com carne moída 

Um bolinho de chocolate sem farinha pra animar a sexta-feira.

Não é a mais bonita, mas ficou 😋 ( 🍠 + 🍫)


A manhã começou por voltas 4h da manhã, os problemas insistem em tentar tirar nossa paz, o sono geralmente ele consegue.
Mas a paz?
De jeito nenhum.
A gente levanta, faz um chimarrão bem pegado e vem ver o sol nascer...
Já aqui na loja, funcionar pra manter o coração grato e a mente em oração. 
Ouvindo aqui no RS a 99,9 Rádio Novo Tempo onde o PR. Leandro Quadros falou sobre esse versiculo de Eclesiastes...
Tudo na vida é benção. 
E se tiver tudo meio embaralhado, oramos e agradecemos o novo dia que nos é apresentado. 
Coloque Deus em tudo que fizer, em todas as situações, boas e não tão boas.

MilaResendes 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Cuidar da natureza é também anunciar o Evangelho

Eu creio!

"Desse modo, apesar de a fé cristã possuir, a partir do mandato cultural, um ponto de contato com a agenda ambientalista acerca do cuidado com a natureza, há uma clara ruptura com a narrativa de que eventuais mudanças climáticas poderiam tornar a Terra inabitável e insustentável." 

"Tal perspectiva de catástrofe climática corre atualmente na cultura popular e é muito comum em filmes de ficção, por exemplo, em cujos tramas o nosso mundo entra em colapso devido a uma reação do meio-ambiente ao desiquilíbrio ecológico provocado pelo homem, e que geralmente é seguido por uma esperança escatológica de recomeço da vida em outro planeta – como em Insterstellar."

"Tal entendimento não é bíblico. 
O homem não tem poder para abalar o clima a ponto de mudar os tempos e tornar a Terra improdutiva, pois não tem poder de mudar a promessa de Deus para a humanidade, de que sempre haverá plantio, colheita, frio, calor, verão, inverno, dia e noite." 

"Em Salmos 75.3, o Senhor diz: 
“Vacilem a terra e todos os seus moradores, ainda assim eu firmarei as suas colunas”."

"E Eclesiastes 1.4 reproduz essa promessa na prática: 
“Gerações vêm, gerações vão, mas a terra permanece a mesma”."

"Ainda, é importante salientar que nossa esperança escatológica está na volta de Cristo, que fará novas todas as coisas. 
A própria natureza aguarda essa renovação com grande expectativa, conforme Paulo afirma em sua epístola aos Romanos:"

"Pois a criação aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à inutilidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação seja libertada do cativeiro da degeneração, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e agoniza até agora, como se sofresse dores de parto." 
(Romanos 8.19-22)

"Apesar de podermos ter a certeza sobre a estabilidade das estações e das colheitas, e de que a natureza também será um dia liberta dos efeitos da Queda na volta de Cristo, a nossa responsabilidade não diminui. 
Ao contrário, tudo isso coloca mais peso à incumbência de sermos mordomos (administradores) de uma criação tão bela e perfeita, posto que temos um tesouro dessa magnitude em nossas mãos, confiado a nós pelo seu próprio dono."

"Entendemos, portanto, que nosso dever de cuidado com a natureza não é apenas material, como se falharmos, poderíamos fabricar uma nave espacial e colonizar outro planeta. 
O peso dessa responsabilidade é espiritual, e não há viagem sideral que nos permita fugir dela. 
Se os construtores da torre de Babel acabaram confundidos quando tentaram se fazer iguais a Deus ao construir uma edificação tão alta que, conforme é possível conjecturar, os permitisse escapar de um outro dilúvio; não podemos pensar que não será assim para aqueles que desconsideram hoje o dever incumbido a nós por Deus, e simplesmente continuam multiplicando sua maldade e sua jactância sobre o mundo pensando que conseguirão simplesmente escapar para o espaço caso a Terra passe por algum tipo de destruição."

(...)

"A Igreja deve aproveitar o despertamento da sociedade para as pautas ambientais a fim de mostrar que nossa responsabilidade é maior do que manter um lugar habitável, mas, além disso, é também tomar conta dele de forma a refletir a glória de seu Criador. 
E a melhor maneira de fazer isso é pela pregação de arrependimento através da proclamação do evangelho, freando juntamente a propagação da maldade sobre o mundo."

"Jesus mesmo disse, em Mateus 24.14: 
“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”." 

"Assim, a própria esperança escatológica de redenção da natureza é ligada à pregação da Palavra de Deus."

"Temos, então, o dever de bem cuidar da Criação e proclamar o Evangelho, para que a Terra seja coberta do conhecimento da glória do Senhor. 
Enquanto mordomos de um planeta que o Senhor prometeu que não irá falhar para dar o sustento que necessitamos para a vida, a aliança noética nos leva, desse modo, a perseguir esta esperança em Cristo, de que Ele fará novas todas as coisas."

WARTON HERTZ

MilaResendes 

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Sobre o universo, por John Piper

"Os anjos clamam em Isaías 6.3: “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; toda a terra está cheia da sua glória!”."

A terra está cheia de milhões de seres humanos que portam a imagem de Deus. Ruínas gloriosas. 
Mas não apenas os seres humanos. 
A natureza também! 
Por que um mundo tão deslumbrante para vivermos? 
Por que um universo tão vasto? 
Eu li há algum tempo (não consigo lembrar quando!) que há mais estrelas no universo do que palavras e sons que todos os humanos de todos os tempos já falaram.
Por quê?

A Bíblia é clara sobre isso: 
“Os céus declaram a glória de Deus” 
(Sl 19.1). 

Se alguém pergunta: 
“Se a terra é o único planeta habitado e o ser humano é o único habitante racional entre as estrelas, por que um universo tão grande e vazio?”. 

A resposta é: 
Isso não é sobre nós. 
É sobre Deus. 
E isso é um eufemismo. 
Deus nos criou para conhecê-lo, amá-lo e mostrá-lo. 
E, assim, ele nos deu uma pista de como ele é — o universo.

O universo está declarando a glória de Deus e a razão pela qual nós existimos é: vermos o universo, ficarmos maravilhados com ele e glorificamos a Deus por causa disso. 

Logo, Paulo diz em Romanos 1.20-21: 
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus”.

A grande tragédia do universo é que enquanto os seres humanos foram feitos para glorificar a Deus, todos nós ficamos aquém deste propósito e mudamos 
“a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível” (Rm 1.23) — especialmente aquele que vemos no espelho. 
Essa é a essência do que chamamos pecado.

Então, por que Deus criou o universo? 
Ressoando como um trovão através de toda a Bíblia — de eternidade a eternidade: Deus criou o mundo para a sua glória.

Ensinos principais de john piper: a glória de Deus
Para ler o texto na íntegra: aqui

MilaResendes 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Deus é soberano

"A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão."
Provérbios 16.33




"Não há eventos tão pequenos que ele não governe para os seus propósitos." 

“Não se vendem dois pardais por um asse?”, Jesus disse, “E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” 
(Mateus 10.29-30).

"Cada lance de dados em Las Vegas, cada pequeno pássaro que cai morto em mil florestas – tudo isso é ordem de Deus."

"No livro de Jonas, Deus ordena que um peixe engula Jonas (1.17), manda que cresça uma planta (4.6) e que um verme a mate (4.7)."

"E muito acima da vida dos vermes, as estrelas têm o seu lugar e se mantêm ali ao comando de Deus."

“Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar”
(Isaías 40.26).

"Quanto mais, então, os eventos naturais desse mundo, desde o clima até às catástrofes; desde a doença e a incapacidade até à morte."

"Que nós, portanto, permaneçamos em temor e estejamos em paz, sabendo que nenhum evento natural está fora dos bons propósitos e do perfeito controle de Deus."

Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys

MilaResendes 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Jesus é o Rei; trecho A Cruz do Rei, Timothy Keller

"— Mas, senhor, — respondeu a mulher — até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair." Marcos 7:28 NTLH

"Marcos usa uma única palavra do grego, moglilalos
Essa palavra só é usada aqui e em Isaías 35.5, e em mais nenhuma outra passagem da Bíblia. 
Trata-se de uma palavra muito rara, e Marcos não teria razão de usá-la, a menos que quisesse estabelecer uma ligação entre o que está acontecendo aqui e o que acontece em Isaías 35."

"O profeta Isaías diz isso sobre o Messias: 
“Sede fortes, não temais; o vosso Deus virá com vingança; sim, ele virá com divina recompensa e vos salvará. Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desobstruirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria"
(Is 35.4-6)."

"Marcos está dizendo:" 
“Vocês estão vendo os olhos dos cegos serem abertos? Estão vendo os ouvidos dos surdos se desobstruírem e ouvindo a língua do mudo cantar de alegria?” 

"Deus veio, exatamente como está prometido em Isaías 35, Deus veio para salvar vocês. Jesus Cristo é Deus que veio nos salvar.
Jesus é Rei."

"Há algo mais sobre o qual Marcos quer que seus leitores reflitam. 
Isaías diz que o Messias virá para nos salvar “com vingança… com divina recompensa”
Mas Jesus não está castigando pessoas, não está usando sua espada. 
Ele não está tomando o poder; ele o está dando. 
Ele não está conquistando o mundo; ele o está servindo."

"Onde está a vingança divina? 
A resposta é que ele não veio para trazer trazer a vingança divina, mas para recebê-la recebê-la. 
Na cruz, Jesus se identificará conosco de maneira cabal. 
Na cruz, o Filho de Deus foi lançado fora, foi tirado da mesa sem uma migalha sequer, para que nós, que não éramos filhos de Deus, pudéssemos ser adotados e entrar para essa família. 
Dizendo de outra forma, o Filho teve que se tornar um cão para que nós pudéssemos nos tornar filhos e filhas e sentar à mesa de Deus. 
E por Jesus ter se identificado dessa forma conosco, agora sabemos por que podemos nos aproximar dele. 
O Filho teve que se tornar um cão para que nós, cães, pudéssemos ser trazidos à mesa; ele teve que se fazer mudo para que nossas línguas fossem desobstruídas para chamá-lo de Rei."

"Não se isole a ponto de pensar que está além do alcance da cura. 
Não seja arrogante demais para aceitar o que o evangelho diz sobre o fato de não sermos dignos. 
Não fique tão abatido a ponto de não aceitar o que o evangelho diz sobre o quanto você é amado."

Trecho do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller. 

Sobre o lançamento do novo livro sobre Timothy Keller, por Pr.Pedro, do podcast Biblioteca Pamplona.

MilaResendes 

domingo, 20 de agosto de 2023

A Paz que só Jesus pode nos dar

Chima de domingo

Primeiro chimarrão na cuia nova do Eduardo 

Moranga na churrasqueira 

Almoço de domingo 

Com direito a sobremesa... 

Os dias são de muitas lutas, lágrimas e fé no meu Deus que tudo pode... na folga do domingo a tarde, por vezes nos permitimos fazer um churrasquinho e usufruir da paz que somente Jesus na vida pode oportunizar.

Obrigado por tudo Senhor!

MilaResendes 

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Sobre a sobrinha, futura Pedagoga

Bora segundo semestre de 2023

Gás total na graduação 

Ainda das férias...

Das andanças da sobrinha... 

Que Deus continue abençoando teu caminho!

MilaResendes 

Indicação de livro: A Cruz do Rei, Timothy Keller

"Quando a Bíblia fala de pecado, não está se referindo apenas às coisas más que fazemos. 
Pecado não é só mentir, cobiçar, ou qualquer outra coisa do gênero — é ignorar a Deus no mundo que ele criou, é rebelar-se contra ele ao viver sem fazer referência a ele. 
É dizer: “Decidirei exatamente como quero viver minha vida”. 
Jesus diz que esse é o nosso principal problema."

"...Em resumo, precisamos ser perdoados. 
Esse é o único modo de curar nosso descontentamento. 
E para isso é preciso mais do que um mero fazedor de milagres ou um gênio da lâmpada: é preciso um Salvador. 
E Jesus sabe que, para ser nosso Salvador, ele terá que morrer. 
Nesse processo de lidar com o que pensávamos ser nossos desejos mais profundos, descobriremos que Jesus nos revela um desejo mais profundo e mais verdadeiro que estava oculto: nosso anseio por ele mesmo, Jesus. 
E ele não apenas atenderá o nosso desejo,ele o cumprirá ele o cumprirá. 
Ele não fará a brincadeira de mau gosto de conceder a você seu desejo mais profundo — não até que lhe mostre que esse desejo mais profundo era por ele, desde o início."

Trechos do Cap 3 do livro A Cruz do Rei, Timothy Keller. 


Lançamento da Thomas Nelson 

MilaResendes 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

O fim dos deuses falsos; Cap 7 e Epilogo, deuses Falsos, Timothy Keller

"Preferimos a nossa sabedoria à sabedoria de Deus, nossos desejos à vontade de Deus, e nossa reputação à honra de Deus." 

"Existe alguma esperança? 
Sim, se começarmos a entender que os ídolos não podem ser simplesmente removidos. 
Têm de ser substituídos. 
Se você tentar apenas erradicá-los, eles voltam a crescer; mas pode-se colocar outra coisa no lugar. 
O quê? 
O próprio Deus, claro. 
Mas por Deus não queremos dizer uma crença genérica em sua existência. 
A maioria das pessoas tem essa crença, no entanto, vive com a alma repleta de ídolos. 
Necessitamos de um encontro vivicante com Deus."

EPÍLOGO 
Descobrindo e substituindo seus idolos

"É impossível entender seu coração ou sua cultura se você não discernir os deuses falsos que os inuenciam. 

Em Romanos 1.21-25, Paulo mostra que a idolatria não é apenas um pecado entre muitos, mas o que há de fundamentalmente errado no coração humano: 

"Porque, mesmo tendo conhecido a Deus, não o gloricaram como Deus, nem lhe deram graças […] substituíram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador"
(Rm 1.21,25).

O arcebispo William Temple certa vez disse: 
“Sua religião é o que você faz com sua solidão”
Em outras palavras, o verdadeiro deus do seu coração é aquilo em que seus pensamentos se concentram sem o menor esforço quando nada mais requer sua atenção. 
Com o que você tem prazer de sonhar acordado? 
O que ocupa sua mente quando você não tem mais nada em que pensar? 
Você cria enredos potenciais relacionados com sua ascensão prossional? 
Ou com bens materiais, como a casa dos sonhos? 
Ou com o relacionamento com determinada pessoa? 
Um ou dois devaneios não são indício de idolatria. 
Pergunte então: em que você habitualmente pensa para se alegrar e experimentar conforto na privacidade de seu coração?

Contudo, qual é a sua verdadeira salvação funcional no dia a dia? 
Para o que você realmente vive, qual é o seu deus real — não aquele que professa? 
Uma boa maneira de identicar isso é vericar como você reage às orações sem resposta e às esperanças frustradas. 

David Powlison escreve: 
"… a questão mais básica que Deus propõe a cada coração humano: “Alguma coisa ou alguém, além de Jesus o Cristo, tomou conta da conança, da preocupação, da lealdade, do serviço, do medo e do deleite funcionais do seu coração? Dúvidas […] trazem alguns sistemas de ídolos das pessoas para a superfície. ‘Para quem ou o que você se volta quando quer estabilidade, segurança e aceitação para o sustento da vida? […] O que você realmente quer e espera [da vida]? O que o deixaria feliz [de verdade]? O que tornaria você uma pessoa aceitável? Onde você procura poder e sucesso?’ Essas perguntas ou outras semelhantes conseguem expor a verdade sobre nós: se servimos a Deus ou a ídolos, se procuramos a salvação de Cristo ou de falsos salvadores”."

“Mantenham o pensamento nas coisas do alto” onde “a sua vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3.1-3, NIV) signica apreciação, alegria e descanso em tudo o que Jesus fez em seu favor. 
Isso envolve adorar com alegria, uma percepção da realidade de Deus em oração. 
Jesus deve tornar-se mais belo para a sua imaginação, mais atraente para o seu coração, do que seu ídolo. 
É isso que substituirá seus deuses falsos. 
Se você arrancar o ídolo e não “plantar” o amor de Cristo no lugar, o ídolo tornará a crescer. 
Alegria e arrependimento devem andar juntos. 
Arrependimento sem alegria levará ao desespero. 
A alegria sem arrependimento é supercial e só fornecerá inspiração passageira, e não mudança profunda.

Nosso coração é desse jeito. 
Pensamos que aprendemos sobre a graça, deixamos nossos ídolos de lado e chegamos a uma situação em que servimos a Deus não pelo que podemos obter dele, mas por quem ele é. 
Há um sentimento de que passamos a vida inteira pensando termos alcançado o fundo do nosso coração e descobrindo que esse fundo é falso. 
Cristãos maduros não são pessoas que alcançaram o leito de rocha por completo. 
Não acredito que isso seja possível nesta vida. 
Antes, são pessoas que sabem como continuar a perfurar e estão chegando cada vez mais perto.

"Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria" 
(Cl 3.1-5, NIV)."

Trechos do Cap 7 e do Epilogo do livro deuses Falsos, Timothy Keller. 

*Se puder, adquira o livro físico ou e-book contribuindo pra obra do PR. Timothy Keller. 

MilaResendes 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Os ídolos ocultos em nossa vida; cap 6, deuses Falsos, Timothy Keller

"Ídolo é aquilo para o que nos voltamos em busca de coisas que só Deus pode dar. 
A idolatria opera, em ampla escala, dentro das comunidades religiosas quando a verdade doutrinária é elevada à posição de um deus falso. 
Isso ocorre quando as pessoas depositam confiança na exatidão da própria doutrina para sua aceitação diante de Deus, e não no próprio Deus e em sua graça. 
É um erro sutil, mas fatal. 

Andrew Delbanco escreveu: “Usarei a palavra cultura com o sentido de relatos e símbolos pelos quais tentamos esconder a desconfiança melancólica de que vivemos em um mundo sem sentido”. 

No cerne de toda cultura está sua principal “Esperança”, o que ela diz ser a vida para seus integrantes.

Qualquer “esperança” cultural dominante que não seja o próprio Deus é um falso deus. Portanto, os ídolos não só assumem forma individual, mas podem ser corporativos e sistêmicos. 

Não deveríamos achar que uma cultura é menos idólatra que outra. Sociedades tradicionais tendem a fazer da unidade familiar e do clã um valor absoluto e supremo. Isso pode levar a assassinatos por honra, ao tratamento das mulheres como propriedade e à violência contra os homossexuais. 
As culturas ocidentais seculares criam ídolos da liberdade individual e isso leva ao colapso da família, ao materialismo desenfreado, ao carreirismo e à idolatria do amor romântico, da beleza física e do lucro.

Os ídolos que nos impulsionam são complexos, multiestratificados e, em grande parte, ocultos a nós. 
Talvez o melhor exemplo disso na Bíblia seja visto na famosa história de Jonas. A maioria das pessoas a considera uma lição de escola dominical para crianças sobre um homem engolido por um peixe enorme. 

"A palavra do SENHOR veio a Jonas, o lho de Amitai: “Levante-se, vá para Nínive, aquela grande cidade, e proclame contra ela, pois a maldade deles subiu até minha presença” 
(Jn 1.1,2, TA).

Nínive era a cidade mais poderosa do mundo, sede do Império Assírio, cujas forças armadas ameaçavam aniquilar Israel e seus vizinhos. Fazer qualquer coisa que de alguma forma beneciasse a Assíria teria sido visto como suicida para Israel. 

Deus estendia as mãos em misericórdia ao grande inimigo do seu povo — não se poderia imaginar missão mais inusitada. Deus estava enviando um profeta judeu patriota para fazer isso — não se poderia escolher emissário mais improvável. Deus lhe havia pedido para fazer o que ele deve ter considerado algo sem sentido. Mas era essa a missão, e ele, o missionário.

"Mas Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. Desceu até Jope e, encontrando um navio com destino a Társis, pagou a passagem e embarcou, fugindo da presença do SENHOR"
(Jn 1.3, TA).

Jonas teria medo do fracasso. 
Deus estava convocando um único profeta hebreu para entrar na cidade mais poderosa do mundo e exortá-la a ajoelhar-se diante de Deus. O único resultado possível parecia ser a zombaria ou, mais provável, a morte. Os pregadores gostam de ir onde serão persuasivos.

Então, por que ele fugiu? 
A resposta é, mais uma vez, a idolatria, mas de um tipo bastante complexo. 
Jonas tinha um ídolo pessoal. 
Ele queria o êxito ministerial mais do que obedecer a Deus. 
Por fim, Jonas tinha um ídolo religioso, mera justiça própria. 
Sentia-se superior aos ninivitas perversos e pagãos. 
Não queria vê-los salvos. 

Jonas embarcou em um navio com o intuito de fugir de Deus e de sua missão. 

"Os homens foram tomados de grande pavor e — depois que Jonas admitiu estar fugindo da presença do SENHOR — disseram-lhe: “Como pôde fazer uma coisa dessas!”. Então lhe perguntaram: “O que temos de fazer com você a m de que o mar se acalme conosco, pois ele está cada vez mais tempestuoso?”. Ele lhes respondeu: “Peguem-me e atirem-me ao mar; então o mar se acalmará com vocês, porque armo que é por minha causa que essa grande tempestade se abateu sobre vocês” 
(Jn 1.10-12, TA).

O peixe era a provisão divina para Jonas. Deu-lhe a oportunidade de recuperar-se e arrepender-se. 
Dentro do peixe, Jonas fez uma oração a Deus. 
"Então Jonas orou ao SENHOR, seu Deus, do ventre do peixe, dizendo: “Clamo ao SENHOR na minha angústia e ele me responde. Eu disse: ‘Fui expulso da tua presença; porém, continuo a olhar para o teu santo templo’. […] Os que obedecem a ídolos vazios renunciam ao próprio amor da aliança. Mas eu oferecerei voz de ação de graças, oferecerei sacrifício a ti; cumprirei os meus votos. A salvação vem somente do SENHOR!” E o SENHOR falou ao peixe, e este vomitou Jonas em terra seca"
(Jn 1.17—2.1,4,8,10, TA). 

Ele fez menção aos “que obedecem a ídolos vazios”. 
Adoradores de ídolos eram as pessoas para as quais Deus tinha enviado Jonas em Nínive.
Agora, Jonas diz que os adoradores de ídolos renunciam “à própria graça”
De repente, como um raio, ocorreu-lhe que a graça de Deus era deles tanto quanto sua. 
Por quê? Porque graça é graça. 
Se é verdadeira graça, então ninguém era digno dela, e isso tornava todos iguais. 
Com essa constatação, ele acrescentou: 
“A salvação vem somente do Senhor!”
Não pertence a nenhuma raça ou classe de pessoas. 
Os religiosos não a merecem mais que os irreligiosos. 
Não é resultado de qualidade ou mérito em nós. 
A salvação vem somente do Senhor.

"Então a palavra do SENHOR veio a Jonas pela segunda vez, dizendo: “Levante-se, vá para Nínive, a grande cidade, e proclame a mensagem que estou lhe dizendo”. Então, Jonas se levantou e partiu para Nínive, conforme a palavra do SENHOR. Nínive agora era uma cidade muito grande — da largura de três dias de viagem — e importante para Deus. Jonas avançou cidade adentro por um dia e clamou: “Em quarenta dias, Nínive será destruída!”. E o povo de Nínive creu em Deus. Decretaram um jejum e se vestiram de pano de saco, do maior ao menor. […] Quando Deus examinou suas obras, que tinham abandonado seus maus caminhos, desistiu de causar o desastre que pretendera contra eles e não o executou. Mas o que Deus fez era tão terrível aos olhos de Jonas que o profeta ardeu de raiva" 
(Jn 3.1-5,10; 4.1, TA). 

Agora vem a parte da história quase universalmente ignorada. 
Mais uma vez, Deus deu a Jonas a responsabilidade de ir a Nínive, e dessa vez ele obedeceu. 

A nação da Assíria era de fato violenta ao extremo, mas aqui, ao menos por algum tempo, demonstrou arrependimento e disposição em corrigir-se. 
Deus teve misericórdia deles. 

A grande surpresa da história ocorre no momento que deveria ter sido o de maior triunfo para Jonas. 
Ele pregara para a cidade mais poderosa do mundo e a deixara literalmente de joelhos. 
Contudo, a resposta positiva de Nínive à sua pregação o enfureceu de tal maneira que ele acusou Deus de maldade e pediu para ser morto ali mesmo! 

"E orou ao SENHOR e disse: “Ó SENHOR, não foi isso que falei quando ainda estava em minha terra natal? Por isso fugi depressa para Társis; pois sabia que és um Deus gracioso e compassivo, muito paciente e abundante em amor el, e que também renuncias a planos de produzir desastre. Por isso, agora, ó SENHOR, por favor, tira-me a vida, pois para mim a morte é melhor que a vida” 
( Jn 4.1-3, TA). 
As motivações do coração de Jonas enfim são plenamente reveladas. 

Jonas odiava tanto a raça assíria que considerava o perdão de Deus concedido a ela a pior coisa que poderia ocorrer. 
Estava disposto a confrontar e acusar os ninivitas, mas não podia amá-los. 
Não queria que fossem salvos; não queria que recebessem a misericórdia de Deus.

No entanto, os ídolos de Jonas tinham se rearmado com fúria. Seu entendimento da graça divina no capítulo 2 havia sido principalmente intelectual. 
Não lhe penetrara o coração. 
Jonas serve de advertência de que o coração humano nunca muda rápida ou facilmente, mesmo quando a pessoa está sendo orientada pelo próprio Deus. 

A idolatria distorceu o modo de pensar de Jonas.

Quando um ídolo se apodera de seu coração, ele produz um conjunto de denições falsas de sucesso e fracasso e felicidade e tristeza. Redefine a realidade segundo os próprios termos. 

Os ídolos distorcem não apenas nosso pensamento, mas também nossos sentimentos. 
"E o Senhor disse: “É bom que você arda com tanta raiva?”. Jonas então deixou a cidade e sentou-se ao oriente dela, onde construiu para si um abrigo. Sentou-se à sombra dele, esperando para ver o que aconteceria com a cidade. A fim de livrá-lo de seu abatimento, o Senhor Deus ordenou que uma gigayon crescesse rapidamente sobre Jonas para fazer sombra sobre sua cabeça. E Jonas ficou contentíssimo e feliz com a planta. Mas ao raiar do dia seguinte, Deus ordenou que uma lagarta atacasse a gigayon, de modo que ela secasse. E quando o sol se ergueu mais, Deus designou um vento oriental cortante e que o sol batesse na cabeça de Jonas de modo que ele caísse desfalecido e fraco. E ele desejou muito morrer, pensando: “Para mim é melhor morrer do que viver”. Mas Deus disse a Jonas: “É razoável que você fique com tanta raiva e tão abatido por causa da planta?”. E ele respondeu: “Sim, é. Estou com raiva e abatido o suciente para morrer” 
(Jn 4.4-9, TA).

Quando a idolatria se projeta para o futuro — quando nossos ídolos são ameaçados —, o medo e a ansiedade paralisantes se instauram. 
Quando ela se projeta para o passado — ao e nos lembra que decepcionamos nossos ídolos —, resulta em culpa irremediável. 
Quando a idolatria se projeta para a vida presente — quando nossos ídolos são detidos ou removidos pelas circunstâncias —, ela nos perturba com raiva e desespero. 

Tudo isso ocorria no coração de Jonas. Por que ele perdeu a vontade de viver? 
Ninguém perde a vontade de viver a menos que tenha perdido o sentido da vida.

E o Senhor disse: 
“Você se afligiu pela planta gigayon, que não plantou, não fez crescer e que veio à existência e pereceu em uma noite. E eu não deveria ter compaixão de Nínive, a grande cidade, em que há mais de 120 mil pessoas que não sabem discernir entre mão direita e esquerda, e muitos animais?” 
(Jn 4.10,11).

Séculos mais tarde, apareceu alguém que a seus ouvintes atônitos disse ser o Jonas supremo (Mt 12.39-41). 
Ao vir à terra, Jesus Cristo deixava a zona de conforto máxima para vir e ministrar não só às pessoas que poderiam prejudicá-lo, mas àquelas que de fato o fariam. 
E, a fim de salvá-las, teria de fazer muito mais que pregar; teria de morrer por elas. 
Enquanto o Jonas original foi supostamente dado como morto, Jesus morreu de verdade e ressuscitou. 
Foi o que ele chamou de o sinal de Jonas (Mt 12.39, NIV).

Em Marcos 4, temos um relato da vida de Jesus que remete deliberadamente à história do Antigo Testamento. 
Uma tempestade terrível se abateu sobre um barco em que, como Jonas, Jesus continuou dormindo. Como os marinheiros, seus discípulos caíram apavorados e o acordaram para dizer que estavam prestes a morrer. Nos dois casos, a tempestade foi milagrosamente acalmada, e os passageiros das duas embarcações foram salvos pelo poder de Deus.

Deus indicou a Jonas que amaria as grandes cidades perdidas da terra de uma maneira que Jonas não o faria. No evangelho de Jesus Cristo, o verdadeiro Jonas, esse compromisso se cumpriu.

O livro de Jonas termina com uma questão. 
Deus lhe pergunta: 
“Seu amor não deveria ser igual ao meu? Não quer deixar seu egocentrismo e sua idolatria e começar a viver para mim e pelos outros?”. 
Esperamos uma resposta que nunca vem! 
Porque o livro acaba. 

O fim é brilhante e satisfatório. 
Porque não precisamos nos perguntar se Jonas se arrependeu e viu a luz. 
Deve tê-lo feito. 
Como sabemos disso? 
Bem, de que outra forma conheceríamos essa história, a menos que Jonas a relatasse para alguém? 
E quem haveria de contar uma história em que é visto como um tolo maldoso em cada página, a não ser um homem em quem a graça de Deus alcançou o centro de seu coração? 

Por que, então, não nos é apresentada a resposta de Jonas no livro? 
É como se Deus mirasse uma seta de repreensão em amor no coração do profeta, disparasse e, de repente, Jonas desaparecesse, deixando-nos no trajeto da seta. 

A pergunta vem diretamente a nós porque você e eu somos Jonas. 
Estamos de tal modo escravizados a nossos ídolos que não nos importamos com pessoas que são diferentes, que vivem nas grandes cidades ou que até pertencem a nossa família, mas são muito difíceis de amar. 
Será que, como Jonas, estamos dispostos a mudar? 
Em caso afirmativo, precisamos olhar para o Jonas Supremo e seu sinal, para a morte e ressurreição de Jesus Cristo."

Trecho do Cap 6 do livro deuses Falsos, Timothy Keller. 

MilaResendes 

domingo, 13 de agosto de 2023

Onde está sua atenção?

Fb/cslewisbrasil


Instagram/editorafiel

São vários os sinais das mensagens que precisamos nos atentar... 

... agora vejo.

MilaResendes 

Parabéns a todos os Pais!

Meu Pai, meu cunhado Lauri e meu companheiro, Eduardo 

Que bom Senhor, andar nos teus caminhos 🙌📖

O mundo diz: não perdoe! 
A Palavra diz: 
Setenta vezes Sete! 

Reflitamos as palavras de vida que estão na Bíblia, pois desejamos estar na eternidade com nosso amado Deus 🙌📖

Acabei registrando somente o entrevero na preparação e não o pronto 🤦‍♀️ terão de ficar só com o meu testemunho que ficou muito bom 🥰

Feliz Dia dos Pais a todos um se empenham em ser exemplo em suas famílias! 
Particularmente acredito que esse seja o maior Ministério que o homem pode ter na vida... 
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para todo o sempre! 

MilaResendes 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O poder e a glória; Cap 5, deuses Falsos, Timothy Keller

"...o historiador holandês Johan Huizinga escreveu: “Vivemos em um mundo possuído. E sabemos disso”.

...há outro candidato a preencher esse vazio espiritual. Também podemos nos voltar para a política. Podemos ver nossos líderes políticos como “redentores”, nossa orientação política como uma doutrina de salvação, e converter nosso ativismo político em uma espécie de religião.

Um dos indicadores de que um objeto está funcionando como um ídolo é quando o medo se torna uma das principais características da vida. Se estabelecermos o ídolo no centro da nossa vida, nós nos tornaremos dependentes dele. Se nosso deus falso for ameaçado de alguma forma, nossa reação será o pânico total. Não diremos: “Que vergonha, como é difícil”, mas, sim: “É o fim! Não há esperança!”.

Se um dos dois partidos ganha uma eleição, certa porcentagem do lado perdedor fala claramente em deixar o país. Ficam ansiosos e temerosos em relação ao futuro. Depositaram em seus líderes políticos e na política o tipo de esperança que outrora havia sido depositado em Deus e na obra do evangelho. 

Outro indicador de idolatria em nossa política é que os oponentes nunca estão equivocados, mas são sempre maus. 

O filósofo holandês-canadense Al Wolters ensinou que, na visão bíblica das coisas, o principal problema na vida é o pecado, e a única solução, Deus e sua graça. A alternativa a essa visão consiste em identicar algo além do pecado como o principal problema do mundo e algo além de Deus como o principal remédio. Demoniza-se assim algo que não é completamente mau, e transforma-se em ídolo algo que não pode ser o bem supremo.

Reinhold Niebuhr foi um importante teólogo americano de meados do século 20. Ele acreditava que todos os seres humanos lutam contra um sentimento de dependência e impotência. A primeira tentação no jardim do Éden foi um ressentimento dos limites que Deus nos impusera (“… não comerás da árvore…”, Gn 2.17) e a busca de sermos “como Deus” tomando o poder sobre nosso destino. Cedemos a essa tentação e agora ela faz parte da nossa natureza. Em vez de aceitarmos nossas finitude e dependência de Deus, procuramos desesperadamente maneiras de assegurar-nos de que ainda temos poder sobre nossa vida. 

Niebuhr acreditava que nações inteiras tinham “egos” corporativos e, como os indivíduos, as nações podiam ter complexos de superioridade e de inferioridade. 

Niebuhr reconheceu outra forma de “desejo de poder”. Você faz de sua filosofia política, não de seu povo, uma fé salvadora. Isso ocorre quando a política se torna “ideológica”. A palavra ideologia pode ser empregada para fazer referência a um conjunto de ideias acerca de um assunto, mas também pode ter uma conotação negativa mais próxima de sua prima, a idolatria. 

Acima de tudo, as ideologias ocultam de seus partidários a dependência que têm de Deus. 

Em qualquer cultura em que Deus está em grande medida ausente, o sexo, o dinheiro e a política ocuparão a lacuna para diferentes pessoas. Essa é a razão por que nosso discurso político é cada vez mais ideológico e polarizado. 

O único modo de lidar com todas essas coisas é curando nosso relacionamento com Deus. A Bíblia nos oferece um exemplo dramático dessa cura. É a história de um homem cuja vontade de dominar levou-o a tornar-se o homem mais poderoso do mundo.

"No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos. Isso lhe perturbou muito o espírito, e ele perdeu o sono. Então o rei mandou chamar os magos, os adivinhos, os feiticeiros e os astrólogos, para que lhe dissessem os seus sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei. E o rei lhes disse: Tive um sonho, e estou aito para saber o que significa" 
(Dn 2.1-3). 
Nabucodonosor ficou profundamente perturbado com o sonho. 

Niebuhr argumenta que “o homem é inseguro e […] busca superar sua insegurança pela vontade de potência. […] Ele finge não ser limitado”.  
Os seres humanos têm bem pouco poder real sobre a própria vida. 
Resumindo, tudo o que somos e temos nos é dado por Deus. Não somos criadores infinitos, mas criaturas finitas, dependentes.

Daniel interpretou o sonho. 
"Ó rei, tu viste uma grande estátua em tua visão. Essa estátua, imensa e impressionante, estava em pé diante de ti, e tinha uma aparência terrível. A cabeça da estátua era de ouro fino; o peito e os braços, de prata; o ventre e o quadril, de bronze; as pernas, de ferro; e os pés, em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto estavas vendo isso, uma pedra soltou-se sem auxílio de mãos e feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmigalhou. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados e viraram pó, como a palha das eiras no verão. O vento os levou sem deixar nenhum vestígio; porém a pedra que feriu a estátua se tornou uma grande montanha e encheu toda a terra"
(Dn 2.31-35). 
A estátua representava os reinos da terra. 

O sonho era um chamado à humildade. 
Quem está no poder deveria ver que não o conquistou, mas apenas o recebeu de Deus, e que todo poder humano desmorona no final. Nabucodonosor estava sendo chamado a mudar sua concepção de Deus.

Nabucodonosor aceitou a mensagem. 
"Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra e reverenciou Daniel, e ordenou que lhe trouxessem uma oferta de cereal e incenso. O rei respondeu a Daniel: Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério" 
(Dn 2.46,47). 

O rei confessou que Deus é “o Senhor dos reis”. O homem mais poderoso no mundo se prostrou — um gesto de humildade bastante distinto do orgulho costumeiro de Nabucodonosor.

No capítulo 4, Nabucodonosor se descreve como estando em seu palácio, satisfeito e próspero, quando teve outro sonho, este não só perturbador, mas também aterrador.
"Com medo e tremor, o rei mandou chamar Daniel, que ouviu o sonho e empalideceu. Depois de permanecer em silêncio por algum tempo, o profeta apresentou a interpretação. Esta é a interpretação, ó rei: é o decreto do Altíssimo, que é enviado ao rei, meu senhor: Tu serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer grama como os bois; serás molhado pelo orvalho do céu, até que passem sete tempos, até que reconheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois 
que tiveres reconhecido que o céu reina. Portanto, aceita o meu conselho, ó rei: Abandona teus pecados, praticando a justiça, e renuncia às tuas maldades, usando de misericórdia com os pobres, se quiseres prolongar a tua tranquilidade" 
(Dn 4.24-27). 

O primeiro sonho, de certa forma, havia sido uma lição acadêmica. Falava em termos gerais sobre o caráter de Deus e o caráter do poder humano. 
Dessa vez, Deus estava sendo mais pessoal. As lições acadêmicas não tinham ajudado. O rei continuava um tirano. Ainda oprimia determinadas raças, classes e os pobres (v. 27). 
Agora, Deus lhe ensinaria o que ele precisava aprender. Mas há esperança. A árvore seria cortada, mas o tronco permaneceria no chão para voltar a crescer. Deus não estava à procura de retribuição, vingança ou destruição. A questão era disciplina — dor imposta com o propósito de correção e redenção.

"Depois de doze meses, quando andava no palácio real da Babilônia, o rei disse: Não é esta a grande Babilônia que ediquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?" 
(Dn 4.29,30).

Na mesma hora, Nabucodonosor passou por um período, ao que tudo indica, de doença mental grave, em que ficou muito demente para habitar no interior do palácio, passando a viver em seu entorno, entre os animais.

O orgulho faz de você um predador, não uma pessoa.  
Foi o que aconteceu ao rei.

Conforme as palavras do testemunho dele mesmo: 
"Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e gloriquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio eterno, e o seu reino é de geração em geração. […] No mesmo tempo, voltou a mim o meu entendimento; e voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor, para a glória do meu reino. Os meus conselheiros e os meus nobres se preocuparam; e fui restabelecido no meu reino, e minha grandeza se tornou ainda maior" 
(Dn 4.34,36).

Nosso coração declara: “Eu me levantarei e serei como o Altíssimo por amor de mim mesmo”
Jesus, no entanto, disse: “Eu me humilharei, descerei bem baixo, por amor a eles”
Tornou-se humano e foi para a cruz a fim de morrer por nossos pecados (Fp 2.4-10). 
Jesus perdeu todo poder e serviu para nos salvar. 
Morreu, mas isso levou à redenção e à ressurreição.

O exemplo e a graça de Jesus curam nosso desejo pelo poder. 

Ao abrir mão de seu poder e servir, tornou-se o homem mais influente que já viveu. 
Todavia, ele não é apenas um exemplo; é um Salvador. 
Somente se reconhecermos nosso pecado, necessidade e impotência e nos rendermos à sua misericórdia, então nos tornaremos seguros em seu amor e, assim, seremos revestidos de poder de uma maneira que não nos leva a oprimir as pessoas. 
A insegurança se foi, o desejo intenso de poder foi arrancado pela raiz. 
Como um pregador disse, certa vez: “O caminho para cima é descer; o caminho para baixo é subir”."

Trecho do Cap 5 do livro deuses Falsos, Timothy Keller. 

MilaResendes