quarta-feira, 5 de julho de 2023

Mantenha a calma e siga em frente; Cap 14, Você vai sair dessa!, Max Lucado

"As calamidades nos fazem perder o equilíbrio, mergulhar em confusão. 
Vamos pensar a respeito da crise ocorrida na geração de José.

“Não havia mantimento em toda a região, pois a fome era rigorosa; tanto o Egito como Canaã desfaleciam por causa da fome” 
(Gênesis 47:13). 

No período em que José se esforçava para se reconciliar com os irmãos, o mundo estava passando por uma catástrofe. 
A última gota de chuva caíra dois anos antes. O céu era de um azul infinito e o sol de um calor inclemente. Carcaças de animais se amontoavam no chão, e o horizonte não trazia quaisquer esperanças. A terra era um mar de poeira. A ausência de chuvas significava ausência de plantação, o que significava ausência de comida. 
Quando o povo apelou para a sua ajuda, o faraó respondeu:

“Dirijam-se a José e façam o que ele disser” 
(Gênesis 41:55). 

José enfrentava uma calamidade de proporções globais. 
Vamos comparar a descrição do problema com o que dele resultou. 
Anos se passaram e o povo disse a José: 

“Meu senhor, tu nos salvaste a vida. Visto que nos favoreceste, seremos escravos do faraó” 
(Gênesis 47:25).

“Foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês” 
(Gênesis 45:5-7). 

José começou e terminou a avaliação da crise fazendo referência a Deus. 
Deus precedeu a fome. 
Deus iria superar a fome. 
Deus estava lá, o tempo todo, durante a fome. 
“Deus... Fome... Deus.” 

Como você descreveria a sua crise? 
“A economia... A economia... A economia... A economia.” 
“O divórcio... O divórcio... O divórcio... O divórcio.” 
“A minha mulher mal-humorada... A minha mulher mal-humorada... A minha mulher malhumorada... A minha mulher mal-humorada.” 
Você recita as suas dores mais naturalmente do que fala sobre a força do Céu? 

Em caso afirmativo, não me espanto de ouvir você dizer que a vida é dura. 
Você está presumindo que Deus não está no meio dessa crise. 
Mas ele está. 
Até mesmo a fome fazia parte do propósito de Deus.

Deus não cria a dor, mas ele certamente a emprega para fazer o bem. 

“Deus [...] é o bendito [...] Senhor dos senhores” 
(1Timóteo 6:15). 

Os caminhos dele são mais altos que os nossos (Isaías 55:9); o seu juízo é insondável e os seus caminhos inescrutáveis (Romanos 11:33). 
Nem sempre conseguimos entender o que Deus está fazendo, mas será que não podemos presumir que está fazendo o bem? 
Foi o que José fez. 
Ele compreendeu que Deus estava no meio da crise. 
Assim, José enfrentou a crise com um plano. Ele juntou o trigo durante os anos de fartura e o distribuiu nos tempos de penúria. Quando o povo esgotou a comida, ele trocou o trigo por dinheiro, depois por animais e então por propriedades. Após estabilizar a economia, José deu uma lição de administração para o povo. 

“Vocês darão a quinta parte das suas colheitas ao faraó. Os outros quatro quintos ficarão para vocês como sementes para os campos e como alimento para vocês” 
(Gênesis 47:24). 

Aquele plano cabia em um papel do tamanho da palma da mão.
“Poupe por sete anos. Distribua por sete anos. Administre com cuidado.” 
Será que a solução dele poderia ser mais simples que isso?

Nós tendemos a igualar a espiritualidade com certa carga dramática: Paulo revivendo os mortos, Pedro curando os enfermos. 
Contudo, para cada Paulo e para cada Pedro existem dúzias de Josés: homens e mulheres com habilidade para administrar. Mãos firmes, por meio das quais Deus salva as pessoas. 
José nunca reviveu morto algum, mas impediu que pessoas morressem. Ele jamais curou um enfermo, mas não permitiu que a doença se espalhasse. Ele elaborou um plano e o seguiu à risca. 
E, porque fez isso, a nação toda sobreviveu. 
Ele triunfou por causa de um plano calmo e metódico.

De todos os heróis da Bíblia, José é o que mais possivelmente teria pendurado uma cópia desse pôster na parede do seu escritório. José vivia no mundo dos livros de contabilidade, dos fluxos de caixa, dos relatórios anuais, das planilhas e dos cálculos. Dia após dia. Mês após mês. Ano após ano. José mantinha a cabeça tranquila e seguia em frente. 
Você pode fazer o mesmo. É claro que não pode controlar o clima. Você também não está no comando da economia. Não tem o poder para desfazer um tsunami nem o dano de uma batida de carro, mas você pode traçar uma estratégia. 
Lembre-se de que Deus está no meio da crise. 
Peça que ele lhe dê um papel do tamanho da palma da mão com um plano, contendo dois ou três passos que você possa realizar hoje mesmo. 
Busque o aconselhamento de alguém que já passou por um desafio parecido. 
Peça que os seus amigos orem por você. 
Tente encontrar recursos que o ajudem. 
Busque a experiência de um grupo de apoio. 
Mas, acima de tudo, trace um plano.

A soberania de Deus não anula a responsabilidade humana, pelo contrário. A soberania divina é o que capacita nossa responsabilidade. Quando confiamos em Deus, acabamos pensando de maneira mais clara e reagimos de forma mais decisiva. 
Como aconteceu com Neemias, que disse: 
“Nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles” 
(Neemias 4:9). 
“Oramos... e colocamos.” Confiamos e agimos. Acredite que Deus irá fazer aquilo que você não consegue. 
Obedeça a Deus e faça tudo que puder. 
Não permita que a crise paralise você. 
Não permita que a tristeza tome conta de você. 
Não deixe o medo intimidar você. 
Não fazer nada é a escolha errada. 
Fazer alguma coisa é a escolha certa. 
Acreditar é a melhor das escolhas. 
Apenas... 
MANTENHA A CALMA E SIGA EM FRENTE."

Trecho do Cap 14 do livro Você vai sair dessa!, Max Lucado. 

MilaResendes 

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