quinta-feira, 6 de julho de 2023

Você vai sair dessa!, Cap 15, Max Lucado

"A vida joga todo mundo para cima e para baixo. Ninguém passa pela vida sem sofrer um arranhão. 

É tolice pensar que somos invulneráveis. 
Mas seríamos igualmente tolos ao pensar que o mal vence. 

A Bíblia ressoa com a batida constante do tambor da fé: Deus transforma o mal em justiça. 
Talvez você tenha lido esse livro em busca de uma solução rápida para os problemas que enfrenta. “Como Superar Obstáculos em Cinco Passos Rápidos.” 
Desculpe decepcionar. Não tenho uma solução fácil, nem varinha mágica. 
Eu descobri algo — alguém — bem melhor. Deus. 
Quando Deus aparece em nossa vida, o mal se transforma em bem. 
Já não descobrimos isso na história de José? 
José fora carregado de obstáculos: rejeição familiar, deportação, escravidão, prisão. Mesmo assim, ele saiu triunfante, um herói da sua geração. 
Entre as últimas palavras registradas no seu nome, está o seguinte comentário feito diante dos irmãos: 

“Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem” 
(Gênesis 50:20). 

Esse é o padrão que se repete na Escritura: Mal. Deus. Bem. 

O mal veio para Jó. O mal o tentou, o mal o testou. Jó passou por inúmeras dificuldades. Mas Deus contra-atacou. Falou a verdade. Declarou a sua soberania. No fim, Jó escolheu Deus. O alvo mais visado por Satanás se tornou a principal testemunha de Deus. E disso nasceu o bem. 

O mal veio para Moisés. Convenceu-o a assassinar um guarda egípcio, a libertar pessoas pela raiva. Deus contra-atacou. Colocou Moisés em um período de quarenta anos para esfriar a cabeça. No fim, Moisés escolheu Deus. Ele então liberou o povo como um pastor, não como soldado. E disso nasceu o bem. 

O mal veio a Davi: ele cometeu adultério; a Daniel: ele fora arrastado para uma terra estranha; a Neemias: a muralha de Jerusalém fora destruída. Mas Deus contra-atacou. E, por causa disso, Davi escreveu salmos cheios de graça, Daniel foi uma pessoa importante em uma terra estrangeira, e Neemias reconstruiu a muralha de Jerusalém com madeira da Babilônia. 
O bem aconteceu. 

Ah, e Jesus. Quantas vezes durante a sua passagem na terra o mal se tornou bem? 
O dono da hospedaria em Belém sugeriu que os pais de Jesus tentassem a sorte no estábulo. Esse foi o mal. Deus entrou no mundo no mais humilde dos lugares. Esse foi o bem.

O casamento não tinha vinho. Mal. Os convidados testemunharam o primeiro milagre de Jesus. Bem. 

A tempestade atormentou a fé dos apóstolos. Mal. A visão de Jesus andando sobre as águas os transformou em fiéis. Bem. 

Cinco mil homens precisavam de comida para alimentar a família. Que péssimo dia para ser um discípulo. Jesus transformou uma cesta em padaria. Que ótimo dia para ser um discípulo. 

Com Jesus, o mal se tornava bem assim como a noite se torna dia — com regularidade, confiabilidade, sempre de modo reanimador. E sempre de forma a redimir. 

Vê a cruz no alto do morro? Consegue ouvir o barulho dos soldados martelando os cravos? Os inimigos de Jesus sorriem maliciosamente. Os demônios estão à espreita. Tudo que é mau esfrega as mãos com ansiedade. “Dessa vez”, sussurra Satanás, “dessa vez vencerei.” 
Durante aquele sábado silencioso, realmente pareceu que ele tinha vencido. 
O último suspiro. 
O corpo alquebrado. 
Maria chorando. 
O sangue escorrendo pela madeira até a poeira do chão. 
Os seguidores desceram o Filho de Deus da cruz antes de o Sol se pôr. 
Os soldados selaram a tumba, e a noite caiu sobre a terra. 
No entanto, aquilo que Satanás planejara como ato supremo de mal intencionado, Deus usou para fazer o bem supremo. 

Deus rolou a pedra que fechava a tumba. Jesus saiu de lá na manhã do domingo com um sorriso no rosto, com um andar jovial.

As histórias de Jesus, de José e de milhares de outras pessoas provam que aquilo que Satanás intenciona para o mal, Deus usa para o bem.

Será que sabe mesmo? 
Você acredita de verdade que nenhum mal escapa da mão de Deus? 
Acredita que ele é capaz de redimir todos os poços, inclusive esse em que você está agora? 
E se José tivesse desistido de Deus? 
Só Deus sabe que ele poderia ter dado as costas para o Céu. 
Em qualquer ponto da caminhada sinuosa, José poderia ter deixado a amargura tomar conta e abandonado Deus. 
“Chega. Chega. Estou fora.” 

Você também pode desistir de Deus. 
O cemitério das esperanças está superlotado com almas que preferem ficar com um deus menor. 
Não faça parte dessa massa. 
Deus enxerga um José em você, um mensageiro da graça em tempos de raiva e de vingança. 
Os seus descendentes precisam de um José, um elo resistente na corrente da fé. 
A sua geração toda precisa de um José. 
A fome está aí. Será que você vai colher esperança para distribuir ao povo? 
Será que você consegue ser um José? 
Confie em Deus. 
Sério, confie nele de verdade. 
Ele vai ajudar você a sair dessa. 
Vai ser fácil e rápido? 
Assim espero. Mas dificilmente é. 
Mas, não se esqueça: Deus vai fazer o bem a partir dessa bagunça. 
Esse é o trabalho dele." 

Termino do livro Você vai sair dessa!, Max Lucado. 

MilaResendes 

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