Lara estacionou o carro bem perto da calçada da casa branca. Já estava escuro e a noite estava praticamente sem estrelas. Indicação de mau tempo. Não que ela precisasse disso para saber que ia chover em Londres. Olhando satisfatoriamente para a arma pendurada na cintura, ela saiu do carro e trancou-o com um ‘blip’ do alarme. Seus olhos correram pela rua antes que ela a atravessasse.
Lara se deteve na porta de casa. Algo a incomodou profundamente e ela sentiu-se inquieta repentinamente. Suas mãos se detiveram no código de acesso antes que ela pudesse digitar os sete números. Quando a porta se abriu, não fez o costumeiro barulho que indicava que estava sendo destrancada.
Lara pegou sua arma. Ela não funcionaria em humanos, mas ela não estava preocupada com humanos. Suas mãos se firmaram no gatilho e ela empurrou a porta.
Seus braços e a arma entraram antes que seu corpo pudesse seguir e ela andava como um felino antes do ataque. Cruzou a entrada passando pela cozinha enquanto balançava os braços para cobrir a maior área que podia. A geladeira e as gavetas estavam abertas.
Lara estremeceu. Continuou a lenta caminhada até chegar na sala de estar. Nada estava diferente por lá. Um barulho chamou sua atenção, vindo de dentro do quarto. Ela ouviu passos. Lara se esgueirou na primeira parede que viu e esperou que os passos se aproximassem. Um assobio estava seguindo o barulho de borracha contra o seu impecável chão de madeira e ela se preparou para sair de trás da parede.
Ela projetou o rosto um pouco para frente para tentar ver melhor o corredor, mas só teve tempo de ver um par de tênis brancos virando à direita. Seu corpo girou noventa graus para tentar olhar o outro lado da parede e seu braço acabou se chocando com algo terrivelmente duro. Um baque de algo sendo jogado ao chão a assustou e ela correu para dentro da sala.
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