Em 2012, a filha deles de apenas sete anos ficou hospitalizada por mais de seis meses e teve de enfrentar seis cirurgias para combater uma doença no pâncreas; Brian perdeu o emprego; vários parentes deles morreram e outro foi diagnosticado com câncer no cérebro; e Christyn engravidou do quarto filho.
A vida estava difícil.
Como Christyn escreveu no seu blog:
As várias noites passadas com a minha filha no hospital foram difíceis, mas eu mantive a fé. Perder os familiares do Brian um por um, até que apenas um ficasse vivo (apesar do diagnóstico de câncer no cérebro de grau quatro) foi incompreensível, mas eu mantive a fé. Ser internada com sete semanas e meia de gravidez por conta de um descolamento da placenta foi assustador, mas mantive a fé. Eu mantive a crença de que Deus trabalha pelo meu bem, e, apesar de não compreender necessariamente as provações pelas quais estava passando, confiei no plano maior e invisível de Deus. Eu e Deus tínhamos um acordo — eu suportaria as provações que surgissem no caminho, contanto que ele reconhecesse o momento de parar. Ele sabia onde eu havia cruzado uma linha, e eu sabia, dentro do meu coração, que ele jamais cruzaria essa linha. Mas ele cruzou. Dei à luz uma criança natimorta. Como a minha filha Rebecca ainda estava em casa recebendo alimentação por tubos e como o futuro da saúde dela era completamente desconhecido, tínhamos a certeza de que essa criança que tanto desejávamos e amávamos seria poupada. Mas ela não foi. A linha que risquei no chão fora cruzada. O único acordo que eu tinha feito com Deus havia sido quebrado. Naquele momento, tudo mudou. O medo invadiu o meu ser e a minha fé começou a desmoronar. A minha “zona de conforto” com Deus não era mais confortável. Se algo assim podia acontecer no momento de maior dificuldade da minha vida, então tudo mais poderia acontecer. Pela primeira vez na minha vida, a ansiedade começou a tomar conta.1 Podemos nos colocar no lugar dela. A maioria de nós, talvez todos nós, tem um tipo de acordo contratual com Deus. O fato de ele nunca ter assinado esse contrato não nos impede de continuar acreditando nele. Prometo ser uma pessoa boa e decente e, em troca, Deus vai... salvar o meu filho. curar a minha mulher. proteger o meu trabalho. (Preencha a lacuna:) . Nada mais justo, certo? No entanto, quando Deus deixa de atender as expectativas que consideramos fundamentais, acabamos caindo em um furacão de dúvidas.
Christyn Taylor fez uma escolha.
Lembra-se da jovem mãe sobre quem falei?
Ela conclui o seu blog com estas palavras:
Durante semanas, tentei compreender por que um Deus que eu tanto amo poderia permitir que algo assim acontecesse com a minha família, e bem no momento em que aconteceu. A única conclusão a que cheguei foi esta: tenho de abrir mão da linha que tracei no chão. É preciso oferecer a vida por completo, cada minuto dela, para o controle de Deus, independentemente do resultado. A minha família está nas mãos de Deus. Não há mais linhas traçadas, não há mais acordos a serem respeitados. Entreguei a vida da minha família para o Senhor. Agora a paz entra onde antes residia o pânico, e a calma existe onde antes reinava a ansiedade.4 Em algum ponto da vida todos nós chegamos a essa bifurcação. Será que Deus é bom quando o resultado é ruim? Tanto durante a fome quanto no banquete? A resposta definitiva vem da pessoa de Jesus Cristo. Ele é o único retrato que a humanidade tem de Deus. Você quer saber qual é a resposta mais precisa do Céu para a questão do sofrimento? Olhe para Jesus. Ele passou os dedos nas feridas dos leprosos. Ele sentiu as lágrimas da mulher pecadora que chorou. Ele inclinou o ouvido para ouvir a súplica dos famintos. Ele chorou a morte de um amigo. Ele parou de trabalhar para atender as necessidades da mãe sofredora. Ele não recuou, não fugiu nem correu ao avistar a dor. Ao contrário. Ele não caminhou pela terra em uma bolha isolada, como também não pregou de uma ilha isolada, livre de germes, isenta da dor. Ele provou do próprio remédio. Ele jogou pelas próprias regras. Sabe aquelas irritações banais da vida em família? Jesus passou por isso. As acusações cruéis de homens invejosos? Jesus sentiu essa ferroada. A morte aparentemente injustificada? Basta olhar para a cruz. Ele não espera nada de nós que ele mesmo não tenha experimentado. Por quê? Porque ele é bom. Deus não deve a nós nenhuma explicação além dessa. Além disso, se ele desse alguma outra explicação, o que nos faz crer que seríamos capazes de compreendê-la? Será que o problema está menos no plano de Deus e mais na perspectiva limitada da humanidade?
A sua dor não vai durar para sempre, mas você vai.
“Os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”
(Romanos 8:18).
O que está por vir vai dar sentido ao que está acontecendo agora.
Permita que Deus termine a obra divina que ele começou.
Deixe o compositor terminar a sinfonia.
A previsão é simples: dias bons e dias ruins.
Mas Deus está em todos os dias.
Ele é o Senhor da fome e do banquete, e usa ambos para cumprir o seu propósito."
Trecho do Cap 8 do livro Você vai sair dessa!, Max Lucado.
MilaResendes
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