(Gênesis 41:38).
A vida é uma pancadaria. Algumas pessoas são nocauteadas e não conseguem mais se levantar, ficando caídas no chão — abatidas, amargas, alquebradas. Só esperando a contagem.
Outras pessoas, no entanto, são mais teimosas que o Bozo. José era assim. Esse cara era uma piñata ambulante.
Pense na inveja enraivecida dos irmãos que o venderam como escravo, no golpe que pegou abaixo da cintura desfechado pela mulher de Potifar e que o levou para a prisão, na promessa quebrada do copeiro, que fez com que José continuasse preso. Depois de todos esses golpes, José se recuperou. (Aqui, cabe uma deixa para a música-tema de Rocky, um lutador.) Com a força de Deus, José voltou a ficar em pé e acabou, mais forte do que nunca, na corte do faraó.
Ah, quanto contraste. Faraó, o rei. José, o ex-pastor. Faraó, urbano. José, rural. O faraó do palácio. O José da prisão. O faraó usava correntes de ouro. José carregava as marcas das correntes da prisão. O faraó tinha um exército e as pirâmides. José tinha apenas uma túnica emprestada e o seu sotaque. A tranquilidade do prisioneiro, porém, era inabalável.
Novamente, que contraste! A pessoa mais poderosa da sala, o faraó (imperador do Nilo, divindade dos céus, o grande comandante do povo das pirâmides), estava precisando muito de uma bebida. A pessoa mais baixa na escala social, José (escravo, condenado, acusado de abuso sexual), estava mais tranquilo que água de poço.
Mas o que ele tinha de diferente? Um lastro. (...) Não era um pedaço de chumbo, mas uma crença profunda e estabilizadora na soberania de Deus.
Podemos ver esse lastro na primeira frase que ele profere:
“Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó [...]”
(Gênesis 41:16).
Na segunda vez em que abriu a boca, José explicou:
“Deus mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer”
(Gênesis 41:28).
José continuou a interpretar os sonhos e disse ao faraó que os sonhos vieram
“duas vezes porque a questão já foi decidida por Deus, que se apressa em realizá-la”
(Gênesis 41:32).
Em três versículos, José fez menção a Deus em três oportunidades!
“Deus... Deus... Deus.”
O faraó entregou o reino a José.
Ao fim daquele dia, o garoto de Canaã estava em cima de uma carruagem real, o segundo na escala de autoridades, atrás apenas do faraó.
Que resultado inesperado!
No caos que chamamos de “vida de José”, consigo contar uma promessa quebrada, ao menos duas traições, vários ataques de ódio, dois sequestros, mais de uma tentativa de sedução, dez irmãos invejosos e um caso de péssima paternidade.
Abusos.
Aprisionamento injusto.
Vinte e quatro meses de comida da prisão.
Misture tudo e deixe descansar por 13 anos; o que você tem?
A maior recuperação de toda a Bíblia!
O menino perdido de Jacó se tornou o segundo homem mais poderoso do país mais poderoso do mundo.
O caminho até o palácio não foi rápido e não foi sem dor, mas você não concorda que Deus transformou toda aquela bagunça em algo bom?
Reflita sobre esta pergunta: será que o Deus de José ainda está no controle? Sim!
Será que ele pode fazer por você o que fez por José? Sim!
Será que o mal intencionado a machucar você pode, de fato, ajudá-lo a se tornar a pessoa que Deus deseja que você se torne? Sim!
Algum dia — talvez nesta vida, com certeza na próxima — você irá fazer a soma de todo o seu sofrimento e chegar a um resultado: tudo de bom."
Trecho do Cap. 7 do livro Você vai sair dessa!, Max Lucado.
MilaResendes
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